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A Força Expedicionária Brasileira, conhecida pela sigla FEB, foi o nome dado à força militar brasileira de 25.300 homens que lutou ao lado dos Aliados, na Itália, durante a Segunda Guerra Mundial. Constituída inicialmente por uma divisão de infantaria, acabou por abranger todas as forças militares brasileiras que participaram do conflito. Adotou como lema A cobra está fumando, em resposta àqueles que consideravam ser mais fácil uma cobra fumar do que o Brasil entrar na guerra.
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Contexto
A princípio, não era óbvio que o Brasil iria se juntar aos Aliados na Segunda Guerra Mundial. Inicialmente, o país manteve-se neutro, colaborando minimamente tanto com os Aliados quanto com o Eixo. Porém, após o ataque a Pearl Harbor pelos japoneses, toda a America se sentiu ultrajada e tanto os EUA quanto o Brasil, por meio de um acordo previamente assinado no Panamá, entraram de forma ativa na 2a. Guerra. Getúlio Vargas, o presidente brasileiro a fim de nivelar-nos diante das outras forças combatentes criou a FEB. As armas e as táticas americanas foram implementadas e falhas no pessoal foram cobertas. Constituída em agosto de 1943, tinha como emblema uma cobra fumando. Seu comandante foi o general e futuro marechal João Batista Mascarenhas de Morais.
Foi integrada ao 4º Corpo do Exército Americano (sob o comando do general Willis Crittemberger), este por sua vez adscrito ao V Exército dos EUA (comandado pelo general Mark Clark).
Segunda Guerra Mundial
A FEB desembarcou na Itália em Julho de 1944 e entrou em combate em Setembro, no vale do rio Serchio, ao norte da cidade de Pisa. As primeiras vitórias da FEB ocorreram já em setembro com a ocupação de Massarosa, a tomada de Camaiore e Monte Prano. Durante o rigoroso inverno daquele ano combateu nos Apeninos onde enfrentou temperaturas de até vinte graus negativos e muita neve.
No início de 1945, conquistou Monte Castelo, Castelnuovo e Montese. Em Fornovo, cercou e aprisionou, a 148º Divisão de Infantaria Alemã, inclusive o seu comandante, General Otto Freter Pico e seu Estado Maior, além de remanescentes da Divisão Bersaglieri Italiana, como o seu comandante, o General Mario Carloni. Na sua arrancada final, conquistou a cidade de Turim e, em 2 de maio de 1945, na cidade de Susa, noroeste da Itália, fez junção com as tropas francesas.
Ao final da campanha, a FEB havia aprisionado mais de 20.000 soldados inimigos (14779 só em Fornovo) oitenta canhões, 1500 viaturas e 4 mil cavalos, saindo vitoriosa em 21 batalhas.
O regresso da FEB após o final da guerra contra o fascismo, precipitou a queda de Getúlio Vargas e o fim do Estado Novo.
Participantes da FEB
Participaram da Força Expedicionária Brasileira oficiais que nos anos seguintes desempenhariam papéis de destaque na vida política brasileira, entre os quais, pode-se salientar os seguintes nomes:
- Humberto de Alencar Castello Branco - presidente da República entre 1964 e 1967;
- Osvaldo Cordeiro de Farias - governador de Pernambuco entre 1955 e 1959;
- Golbery do Couto e Silva - ministro da Casa Civil entre 1974 e 1981;
- Octavio Costa - idealizador das campanhas publicitárias do governo Médici;
- Albuquerque Lima - ministro do interior entre 1967 e 1969;
- Hugo Abreu - ministro da Casa Militar entre 1974 e 1978;
Associação dos Veteranos da Força Expedicionária Brasileira
A Associação dos Veteranos da FEB foi organizada para manter viva a história da participação brasileira na Segunda Guerra Mundial. A direção central da organização fica no Rio de Janeiro mas existem seções regionais em outras partes do Brasil. É uma das poucas oportunidades de ver de perto um pracinha brasileiro e ouvir suas histórias.
Galeria de Fotos
Batalhão de Engenharia constrói ponte no norte da Itália em 1945. | Posição da artilharia nas proximidades de Monte Castelo em 1945. |
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